Publicado em : 01/07/2013
A petroquímica Braskem aproveitou uma brecha dada pelo governo federal para elevar em mais de 20% o preço do polietileno, resina crucial para a indústria química e do qual a empresa detém o monopólio no Brasil. No início de setembro, o governo federal elevou o imposto de importação sobre 100 produtos.
À época, dirigentes de companhias dos setores beneficiados, inclusive da Braskem, afirmaram que a proteção não implicaria alta de preços. Isso não aconteceu. Tão logo o governo protegeu a indústria nacional, os preços explodiram.
Usados pela indústria plástica para produção de garrafas, sacolas, tubulações, cabos e fios, os polietilenos são produzidos no Brasil apenas pela Braskem. Até agosto, o polietileno comprado do exterior pagava uma alíquota de 14% de imposto de importação. Desde 4 de setembro, com a elevação definida pelo governo, essa alíquota saltou a 20%. Com o espaço dado pelo governo federal, a Braskem reajustou fortemente os preços das resinas que apenas ela produz.
Segundo dados detectados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Índice de Preços no Atacado (IPA), os polietilenos de alta densidade ficaram 23,6% mais caros em setembro. Os de baixa densidade saltaram 20,1%.
Reajustes opõem Braskem e transformadores
Coelho, presidente da Abiplast: momento é "dramático" para transformador